Pular para o conteúdo principal

DEPOIS DO CLICK, A REVELAÇÃO

Arte da Revelação Fotográfica: Do Preto e Branco ao Colorido


A fotografia analógica foi durante décadas o principal meio de registrar momentos, e sua revelação era um processo meticuloso que exigia conhecimento técnico e materiais específicos. Desde os tempos das fotografias em preto e branco até a era do colorido, a revelação dos filmes envolvia diferentes substâncias químicas e técnicas laboratoriais.




Revelação de Filmes Preto e Branco

Os primeiros filmes utilizavam haletos de prata como base sensível à luz. Após a captura das imagens, o
filme precisava passar por um processo de revelação em laboratório escuro. Os passos básicos eram:

Revelação: O filme era mergulhado em um revelador químico (geralmente à base de metol ou hidroquinona), que reduzia os cristais de haleto de prata expostos à luz, tornando a imagem visível.

Interrupção: Um banho de ácido acético interrompia a ação do revelador para evitar que a imagem continuasse se formando.

Fixação: O filme era imerso em uma solução fixadora (tiossulfato de sódio) para remover os haletos de prata não expostos, garantindo que a imagem não desaparecesse com o tempo.

Lavagem e Secagem: O filme era lavado em água corrente para eliminar resíduos químicos e depois pendurado para secar em ambiente controlado.    O resultado era um negativo em preto e branco, pronto para ser ampliado em papel fotográfico por meio de um processo similar.

Revelação de Filmes Coloridos

Com o avanço da fotografia colorida, surgiram novas camadas sensíveis à luz, cada uma responsável por registrar uma cor primária (vermelho, verde e azul). O processo de revelação era mais complexo e exigia um rigoroso controle de temperatura e tempo:

Primeira Revelação:  Assim como no preto e branco, o filme passava por um revelador que formava a imagem em tons de cinza.

Banho Cromogênico:  Diferente do processo monocromático, esse passo adicionava cor através de reações químicas que formavam corantes nos três níveis de emulsão.

Branqueamento e Fixação:  O branqueador removia a prata metálica, deixando apenas a imagem formada pelos corantes. O fixador eliminava os haletos de prata restantes.

Lavagem e Estabilização:  O filme era lavado e estabilizado para garantir a durabilidade da imagem.

O processo mais famoso para filmes coloridos foi o C-41, utilizado para negativos coloridos, enquanto o E-6 era aplicado para filmes diapositivos (slides), resultando em imagens mais vibrantes e com maior fidelidade de cor.

Materiais e Equipamentos de Laboratório 

A revelação exigia um conjunto específico de materiais:

*Tanques de revelação (geralmente de aço inox ou plástico opaco);

*Bobinas espirais para acomodar o filme dentro dos tanques;

*Termômetros de precisão para controle da temperatura química;

*Banho-maria para manter os químicos aquecidos corretamente;

*Pinças e varais para manuseio e secagem segura dos filmes;

*Papel fotográfico sensível (para ampliação de imagens no caso de cópias físicas).

A revelação analógica era um processo quase artesanal, que exigia paciência e precisão. Embora a fotografia digital tenha dominado o mercado, o resgate dessa técnica continua vivo entre fotógrafos e entusiastas que valorizam a estética única e o toque manual da revelação química. Seja em preto e branco ou em cores, o processo de revelação de filmes marcou uma era e permanece um conhecimento valioso para quem deseja explorar a fotografia de maneira autêntica.

Comentários