Arte da Revelação Fotográfica: Do Preto e Branco ao Colorido
Revelação de Filmes Preto e Branco
1°Revelação: O filme era mergulhado em um revelador químico (geralmente à base de metol ou hidroquinona), que reduzia os cristais de haleto de prata expostos à luz, tornando a imagem visível.
2°Interrupção: Um banho de ácido acético interrompia a ação do revelador para evitar que a imagem continuasse se formando.
3°Fixação: O filme era imerso em uma solução fixadora (tiossulfato de sódio) para remover os haletos de prata não expostos, garantindo que a imagem não desaparecesse com o tempo.
4°Lavagem e Secagem: O filme era lavado em água corrente para eliminar resíduos químicos e depois pendurado para secar em ambiente controlado. O resultado era um negativo em preto e branco, pronto para ser ampliado em papel fotográfico por meio de um processo similar.
Revelação de Filmes Coloridos:
Com o avanço da fotografia colorida, surgiram novas camadas sensíveis à luz, cada uma responsável por registrar uma cor primária (vermelho, verde e azul). O processo de revelação era mais complexo e exigia um rigoroso controle de temperatura e tempo:
1°Primeira Revelação: Assim como no preto e branco, o filme passava por um revelador que formava a imagem em tons de cinza.
2°Banho Cromogênico: Diferente do processo monocromático, esse passo adicionava cor através de reações químicas que formavam corantes nos três níveis de emulsão.
3°Branqueamento e Fixação: O branqueador removia a prata metálica, deixando apenas a imagem formada pelos corantes. O fixador eliminava os haletos de prata restantes.
4°Lavagem e Estabilização: O filme era lavado e estabilizado para garantir a durabilidade da imagem.
O processo mais famoso para filmes coloridos foi o C-41, utilizado para negativos coloridos, enquanto o E-6 era aplicado para filmes diapositivos (slides), resultando em imagens mais vibrantes e com maior fidelidade de cor.
Materiais e Equipamentos de Laboratório
*Tanques de revelação (geralmente de aço inox ou plástico opaco);
*Bobinas espirais para acomodar o filme dentro dos tanques;
*Termômetros de precisão para controle da temperatura química;
*Banho-maria para manter os químicos aquecidos corretamente;
*Pinças e varais para manuseio e secagem segura dos filmes;
*Papel fotográfico sensível (para ampliação de imagens no caso de cópias físicas).
A revelação analógica era um processo quase artesanal, que exigia paciência e precisão. Embora a fotografia digital tenha dominado o mercado, o resgate dessa técnica continua vivo entre fotógrafos e entusiastas que valorizam a estética única e o toque manual da revelação química. Seja em preto e branco ou em cores, o processo de revelação de filmes marcou uma era e permanece um conhecimento valioso para quem deseja explorar a fotografia de maneira autêntica.

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